A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) volta a promover a iniciativa ‘A Terra Treme’, de forma a sensibilizar a população para o risco sísmico.
“É objetivo do exercício capacitar a população para saber como agir em caso de sismo, sensibilizando o cidadão para o facto de viver numa sociedade de risco, desafiando-o a envolver-se no processo de construção de comunidades mais seguras e resilientes” ANEPC
Porque é importante este exercício ?
É um exercício simples com 3 gestos - BAIXAR, PROTEGER e AGUARDAR
Muitas zonas do globo são propensas a sismos e Portugal é um território com zonas particularmente sensíveis a este risco.
Podemos estar em qualquer lado quando começar um sismo, e teremos de estar preparados para enfrentar uma situação deste tipo começando por nos proteger no imediato que é a melhor ajuda que podemos dar a quem tem como missão salvar vidas em caso de emergência.
Um sismo é um fenómeno natural resultante de uma rotura, mais ou menos violenta, no interior da crosta terrestre, correspondendo à libertação de uma grande quantidade de energia, e que provoca vibrações que se transmitem a uma vasta área circundante.
Os terramotos ou abalos sísmicos sempre fizeram parte da humanidade.Ocasionalmente ocorrem em distintos lugares do mundo e muitas vezes deixam uma marca de destruição.
Estes eventos são avaliados ou medidos pela quantidade de energia libertada, ou seja, são medidos através da escala Richter que varia de 0 a 9 graus e pelo nível de destruição apresentado, escala de Mercalli.
Abalos com registos na escala Richter inferior a 6 graus produzem destruição significativa em edificações com construção frágeis e nas edificações de construção estruturada os prejuízos são pequenos.
Todos os dias os sismógrafos de todo o mundo registam os abalos diários.
Cada magnitude de energia expressa em escala Richter produz consequências específicas. Terramotos que apresentam escala inferior a 3,5 graus têm possibilidade de ser registados, mas são, no entando, dificieis de serem sentidos.
Tremores com libertação de energia entre 3,5 a 5,4 graus na escala Richter são percebidos na maior parte das vezes mas têm consequências modestas ou despercebidas.
O valor máximo até hoje medido num sismo é de 9,5 (sismo no Chile em 1960).
A Escala Richter é então a ferramenta de medição da magnitude de um terramoto. Ela gera, por meio de medições realizadas em sismógrafos, dados absolutos sobre a libertação de energia durante um evento sísmico.
Foi criada em 1935 pelos cientistas Charles Francis Richter (1900-1985) e Beno Gutenberg (1889-1960).
Serve para verificar a magnitude de um tremor de terra por meio da medição das ondas libertadas pelo sismo no seu ponto de origem.
O cálculo da Escala Richter é feito por meio da utilização de sismógrafos, que indicam a magnitude de um tremor de terra.
Inicia-se no valor zero e vai até ao infinito, mas nunca foram registrados tremores de terra superiores aos dez graus de magnitude no planeta.
Já foram registados diferentes terramotos de forte magnitude, os maiores próximos de dez graus.O último grande terramoto, de magnitude 6,8, atingiu o centro do Marrocos a 8 de setembro deste ano.
Enquanto a Escala Richter mede a magnitude de um terremoto, a Escala Mercalli avalia a intensidade, por meio da observação dos impactos gerados pelos tremores de terra.
Podes verificar a atividade sismica de Portugal e de outras zonas do mundo no site do IPMA , Instituto Português do Mar e da Atmosfera.
Hoje, dia 14 de novembro 2023, por exemplo, poderás verificar que ocorreu um abalo de terra nos Açores, na Graciosa, de magnitude 2, na escala de Richter e na Serra de Monchique, de magnitude 0,5, na mesma escala, mas que não foram sentidos pela população em geral.
O grande abalo sismico de que há registo em Portugal foi o grande terramoto de Lisboa. "A capital portuguesa sofreu grandes estragos e mortandade também devido ao maremoto e ao incêndio que se seguiram. O litoral sul português e o Algarve também foram atingidos.
Na manhã do dia 1 de Novembro de 1755 a terra tremeu durante vários minutos, derrubando edifícios e espalhando os seus destroços por toda a parte.
Minutos depois o rio cresceu pelas ruas da cidade, invadindo a baixa. Muitas pessoas que tinha fugido para as margens do Tejo com o objectivo de escapar aos edifícios que ruíam foram apanhadas pelas águas.
Quando as ondas se retiraram ficaram os incêndios que queimaram o que restava." RTP Ensina.
Neste extrato de documentário podes ficar a conhecer a Lisboa de antes do terramoto, assistir a uma simulação do sismo, conhecer as suas causas e os seus efeitos.
NOTA : Com o terramoto de 1755 as igrejas de Alandroal sofreram bastante danos assim como a fortaleza de Juromenha que foi bastante afetada, principalmente a área de edificação seiscentista, tendo sido posteriormente reconstruída.
Fontes:
Site Câmara Municipal de Alandroal; Infopédia; RTP Ensina; Instituto Português do Mar e da Atmosfera; Site Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil; Wikipédia.
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